Inaugurou no dia 9 de Julho de 2022 a exposição internacional Compaixão – Escritas Poligráficas, com curadoria de Feliciano de Mira, no Salão Nobre do Palácio do Barrocal da Fundação INATEL em Évora. A exposição ficará patente até dia 28 de Agosto.
A arte das escritas contemporâneas problematiza-se na sua relação com o mundo e com os seus meios de expressão, questionando as linguagens canônicas e as dependências tecnológicas, enunciando problemáticas sócio-estéticas. A questão a que as poéticas experimentais tentam responder não se limita à função da arte ou à posição societária do artista, envolve também as condições para a criação contextualizada e assim suscita outras modalidades de reflexão, participação e cidadania.
As escritas são imemoriais no tempo e consistem na utilização de representações simbólicas e sinais para exprimir pensamentos, ideias e emoções. Esta exposição expressa por meio de caracteres alfabéticos convencionais ou imaginados, as possibilidades dinâmicas das linguagens escritas, oriundas de diferentes espaços geográficos e referenciais culturais.
Evidenciando essa diversidade, convidámos 17 artistas dos cinco cantos do mundo para exporem as suas obras sob o tema da Compaixão: Almandrade, Caetano Dias (Brasil); António Barros, Feliciano de Mira, Fernando Aguiar, Isabel Murteira, Jorge dos Reis, Manuel Casa Branca (Portugal); Dona Mayoora (Índia/EUA); Enzo Patti (Itália); Hakou (Argélia); John Richard McConnochie (Austrália); May Bery (Líbano/Canadá); Muhammad Shehzad Majeed (Paquistão); Nieves Salvador Bayarri (Espanha); Roberto Artemio Iglesias (Cuba); Robin Tomens (Reino Unido).
No dia da inauguração houve também uma mesa redonda sobre a ‘Sociografia das Imagens Experimentais’ com Feliciano de Mira, Fernando Aguiar e Sandra Guerreiro Dias.